segunda-feira, 21 de julho de 2014

ELEIÇÕES 2014 NO BRASIL.

Iniciou-se o período eleitoral no Brasil. Vamos escolher os novos membros do Poder Legislativo, que é composto por duas instâncias: a Câmara dos Deputados e o Senado Federal. Além disso escolheremos o novo presidente da república, os governadores de todos os estados e os membros das Assembleias Legislativa de cada um dos estados da federação.

Está dado o pontapé inicial e a mídia já está mostrando quem prefere. As forças conservadoras estão partindo para o tudo ou nada, Mas o resultado deverá ficar equilibrado porque a candidata à reeleição do Partido dos Trabalhadores, a atual presidente Dilma Rousseff tem uma aliança muito ampla com muitos dos setores conservadores que tem influência direta no governo de coalizão construído desde a ascensão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aos dois mandatos que obteve seguidamente.

O que os setores mais libertários esperam é que neste segundo mandato, mesmo com a derrota do projeto de participação popular no Congresso Nacional é que se efetive a ideia do plebiscito para definir como se faria a Reforma Política, tão necessária ao país. As vertentes populares propugnam por uma Constituinte soberana, sem a participação dos políticos no atual Congresso Nacional, com membros eleitos somente para a esta constituinte eleita exclusivamente para a reforma política. Porém isto dependerá da correlação de forças que se estabelecer no país depois das eleições.

A verdade é que amplos setores sociais estão insatisfeitos com a ação do governo de coalizão do chamado PT governabilidade. A criminalização dos movimentos sociais, uma polícia militar completamente descontrolada e cheia de bandidos impunes, uma falta de divulgação ampla e honestas das conquistas políticas,e conômicas e sociais nos mandatos em que o PT está no governo federal levam muitos eleitores e eleitoras a dizer que "todo político é a mesma coisa". Uma "verdade" perigosa para democracia e para a representação política e a legitimidade dos processos democráticos no país.

O fascismo, o autoritarismo e as reclamações de uma classe média rica tornam-se perigosas demandas que atingem o núcleo do poder, afetando as relações entre o governo popular e democrático com os movimentos sindicais do campo e da cidade, as organizações estudantis e os setores progressistas e desenvolvimentista da Nação. O ilusão idiotizante de que todo político é igual nos leva a uma crise de representação muito profunda desde o processo de redemocratização que deu fim aos governos da ditadura militar.



É hora de se ampliar o debate do que é melhor para o país. Superar a agenda conservadora e apontar para novas fronteiras sociais, políticas e econômicas - mesmo que isso não comece antes das eleições. O fortalecimento do Poder Popular passa, num país em que as modificações se passam de forma conservadora, pelo convencimento e mobilização da população que está descrente do processo democrático e livre.

A consciência social deve ser hegemonizada pelas camadas mais pobres da sociedade, em aliança com as classes médias que foram beneficiadas pelas as políticas de inclusão formuladas e implementadas nos governos Lula/Dilma. Políticas que são questionadas pelos setores mais atrasados, ligados às oligarquias mais retrógradas do país e que formam a base da oposição aos governos populares e democráticos, Acusam de eleitoralismo o programa Bolsa Família esquecendo-se que foi graças a este programa que o país não entrou em crise profunda como os demais países capitalistas como Estados Unidos e os membros da União Europeia.

De acordo com o IPEA (Instituto de Pesquisas Econômicas e Aplicadas - http://www.ipea.gov.br/ ):
"De acordo com o estudo Efeitos macroeconômicos do Programa Bolsa Família – uma análise comparativa das transferências sociais, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgados em outubro, cada real investido no Programa gera um retorno de R$ 1,78 para a economia e um efeito multiplicador de R$ 2,40 sobre o consumo final das famílias. - See more at: http://www.contasabertas.com.br/website/arquivos/7603#sthash.3gKv5Gi9.dpuf"




Portanto o Bolsa Família, mais do que um programa de inserção social é um comprovado motor de estabilidade econômica e extremamente produtivo com sua aplicação voltada às necessidades de investimentos na economia nacional. Terminar ou complicar este programa, tornando-o inviável - traria sérios e graves problemas ao país, como o desemprego, a perda de mercado de consumo e falta de perspectivas ao processo econômico.

Nós, brasileiros, temos que pensar em como está nossa realidade hoje, comparar com o que passamos antes dos governos de coalizão do PT e olharmos para a frente, conhecendo o que cada candidato pensa sobre o país, sobre a economia, sobre a reforma política, sobre a corrupção e sobre - principalmente - as necessárias mudanças políticas, sociais e sociais que os trabalhadores e as classe oprimidas e exploradas necessitam. A nossa vida individual, como nos comportamos como seres humanos (se somos generosos, se somos justos, se somos conscientes etc) e como vemos o nosso cotidiano são fundamentais para decidir qual será o nosso voto.

Um fato é concreto para mim. Não podemos voltar ao passado que nos condenará ao pior. Nem ficarmos delirando que são possíveis mudanças radicais enquanto não fortalecermos o Poder Popular, esse sim, o meio direto e prático para fazer a revolução que o Brasil precisa.

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